Historical reenactors in Buenos Aires costumes holding a banknote in front of Casa Rosada.

Crédito Rotativo: Bancos Lançam Refinanciamento Automático

São Paulo, 25 de agosto de 2025 – Bancos de todo o país começaram a implementar, nesta semana, o refinanciamento automático do saldo devedor do crédito rotativo do cartão de crédito. A medida, acordada entre as instituições financeiras e o Banco Central, busca reduzir o endividamento da população e mitigar os juros considerados abusivos dessa modalidade de crédito.

Como Funciona o Refinanciamento Automático?

O refinanciamento automático ocorre quando o cliente não consegue pagar o valor total da fatura do cartão de crédito. Em vez de entrar no crédito rotativo, com taxas de juros altíssimas, o banco automaticamente parcela o valor devido em um número determinado de vezes, geralmente com taxas de juros menores e mais previsíveis.

“A ideia é evitar que o consumidor entre em uma espiral de dívida”, explica Ana Paula Freitas, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “O rotativo tem juros que podem ultrapassar 400% ao ano, tornando a quitação da dívida praticamente impossível para muitos”.

Impacto no Bolso do Consumidor

Apesar de representar um alívio imediato, o refinanciamento automático exige atenção. O consumidor deve estar ciente das condições do parcelamento, como o número de parcelas, a taxa de juros aplicada e o valor total a ser pago. É fundamental analisar se a parcela cabe no orçamento para evitar o superendividamento.

“O refinanciamento é uma ferramenta útil, mas não é uma solução mágica”, alerta Carlos Alberto, planejador financeiro. “É preciso ter controle dos gastos e evitar usar o cartão de crédito de forma irresponsável”.

Reação do Mercado

A medida tem gerado reações mistas no mercado financeiro. Enquanto alguns especialistas elogiam a iniciativa como um passo importante para a proteção do consumidor, outros temem que o refinanciamento automático possa incentivar o endividamento excessivo e aumentar o risco de inadimplência para os bancos.

  • Prós: Redução imediata dos juros, previsibilidade das parcelas, menor risco de endividamento excessivo a longo prazo.
  • Contras: Possível incentivo ao consumo descontrolado, aumento do risco de inadimplência para os bancos (em casos de má gestão do crédito pelo consumidor).

O Banco Central acompanhará de perto os resultados do refinanciamento automático, avaliando a efetividade da medida e buscando aprimorar as políticas de crédito para proteger os consumidores.

Publicar comentário