
Juros do Rotativo Caem após Limite de 100% em Cartões
Após a entrada em vigor da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que limita os juros do crédito rotativo do cartão de crédito a 100% do valor da dívida, as primeiras análises do mercado financeiro indicam uma queda nas taxas praticadas por algumas instituições. O objetivo da medida é mitigar o endividamento excessivo dos consumidores, que frequentemente se veem presos em uma espiral de juros sobre juros.
Impacto Imediato e Reações do Mercado
Levantamentos iniciais apontam para uma diminuição gradual nas taxas do rotativo, embora a implementação completa da regra e seus efeitos a longo prazo ainda estejam sob avaliação. Alguns bancos já comunicaram a adaptação de suas políticas de crédito, enquanto outros aguardam para analisar o comportamento do mercado antes de realizar mudanças significativas. A expectativa é que a competição entre as instituições financeiras contribua para uma redução mais expressiva das taxas nos próximos meses.
O que muda para o consumidor?
A principal mudança para o consumidor é a previsibilidade do custo total do crédito rotativo. Antes da medida, as taxas altíssimas, que chegavam a ultrapassar 400% ao ano, tornavam praticamente impossível o pagamento da dívida e levavam muitos brasileiros ao superendividamento. Com o limite de 100%, o consumidor sabe que, no máximo, pagará o dobro do valor original da dívida, o que facilita o planejamento financeiro e a quitação do débito.
Desafios e Perspectivas
- Acompanhamento da inadimplência: É fundamental monitorar se a limitação dos juros do rotativo terá impacto na taxa de inadimplência dos cartões de crédito.
- Oferta de crédito: Existe a preocupação de que a medida possa restringir a oferta de crédito para alguns consumidores, especialmente aqueles com histórico de crédito negativo.
- Educação financeira: A conscientização dos consumidores sobre o uso responsável do cartão de crédito e a importância de evitar o rotativo é essencial para o sucesso da medida.
Especialistas recomendam que os consumidores busquem alternativas de crédito mais baratas, como o crédito pessoal ou o consignado, e evitem ao máximo utilizar o rotativo do cartão de crédito. A mudança regulatória representa um passo importante para a proteção dos consumidores e a promoção de um mercado de crédito mais justo e transparente.
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