
Aumentam Denúncias de Violência Obstétrica em Hospitais Públicos
Um levantamento inédito da Defensoria Pública da União (DPU), divulgado nesta terça-feira (2), revela um aumento alarmante de 40% nas denúncias de violência obstétrica em hospitais públicos de todo o país no último ano. Os dados, compilados a partir de relatos de pacientes e familiares, apontam para uma persistente cultura de desrespeito e negligência durante o parto e pós-parto.
O que é violência obstétrica?
A violência obstétrica engloba uma série de práticas abusivas, que vão desde agressões verbais e humilhação até procedimentos médicos realizados sem consentimento da paciente, como episiotomias desnecessárias e manobras que podem causar lesões tanto na mãe quanto no bebê. A pesquisa da DPU também destaca a falta de informação e o medo como fatores que contribuem para a subnotificação dos casos.
Impacto e Consequências
Especialistas alertam que a violência obstétrica pode ter sérias consequências para a saúde física e mental das mulheres, incluindo depressão pós-parto, transtorno de estresse pós-traumático e dificuldades no vínculo com o bebê. “É fundamental que as mulheres conheçam seus direitos e saibam como denunciar casos de violência obstétrica”, afirma a defensora pública responsável pelo levantamento, Dra. Ana Paula Silva.
Diante do aumento das denúncias, a DPU anunciou que irá intensificar as ações de orientação e assistência jurídica às vítimas, além de promover campanhas de conscientização para combater a violência obstétrica e garantir o respeito aos direitos das mulheres durante a gestação, parto e pós-parto.
- Falta de informação: Muitas mulheres desconhecem seus direitos durante o parto.
- Subnotificação: O medo e a vergonha dificultam a denúncia dos casos.
- Cultura de desrespeito: A violência obstétrica é frequentemente banalizada e naturalizada.
As autoridades de saúde ainda não se manifestaram oficialmente sobre os dados apresentados pela DPU.
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