Two workers in traditional attire labor with a wheelbarrow in a dusty, arid environment.

Crise Hídrica no Chifre da África Agrava Fome e Deslocamento

NAIROBI, Quênia – Uma crise hídrica sem precedentes está devastando o Chifre da África, impulsionada por quatro temporadas consecutivas de chuvas abaixo da média. A seca extrema afeta diretamente a vida de milhões de pessoas na Somália, Etiópia e Quênia, com consequências alarmantes para a segurança alimentar, a saúde e a estabilidade regional.

Fome e Desnutrição Atingem Níveis Críticos

Relatórios da ONU indicam que mais de 22 milhões de pessoas na região enfrentam insegurança alimentar aguda, necessitando de assistência humanitária urgente. A desnutrição infantil atingiu níveis críticos, com hospitais superlotados de crianças gravemente debilitadas. A escassez de água também aumenta o risco de surtos de doenças transmitidas pela água, como cólera e diarreia.

Deslocamento em Massa e Conflitos por Recursos

A busca por água e pastagens tem gerado deslocamentos em massa, com milhares de famílias abandonando suas casas em busca de sobrevivência. A competição por recursos cada vez mais escassos tem intensificado conflitos entre comunidades pastoris, agravando a instabilidade na região.

Previsões Pessimistas e Apelos por Ação Imediata

Meteorologistas alertam que a próxima temporada de chuvas, prevista para o final de 2025, também tem alta probabilidade de ser abaixo da média, o que agravará ainda mais a crise. Organizações humanitárias apelam por um aumento urgente no financiamento para programas de assistência alimentar, fornecimento de água potável e apoio à agricultura resiliente. A comunidade internacional precisa agir rapidamente para evitar uma catástrofe humanitária de proporções ainda maiores.

  • Somália: 7,8 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
  • Etiópia: 11 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda.
  • Quênia: 4,35 milhões de pessoas sofrem com a seca.

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